sábado


quero acalmar o mar
encontrar a lua
lábios teus nos meus
na mais simples forma nua
ouvindo o barulho das ondas a quebrarem, estava eu amando-te, suspirando por te amar. Trazias o mais belo sorriso, herói do mar. Minhas lágrimas escorriam por te amar e por existires. o piano existia no meio da areia, naquela praia intensa. amo-te.
o vento tocava nas teclas e os teus beijos faziam-me chorar
os teus beijos faziam-me rir e eu amava-te ainda mais
cedi ao teu amor, cada tecla do piano reproduziu sons tristes, penetraram-me a alma
a tua boca na minha
os segredos trocados ao som do vento
o circulo na areia que nos envolvia
o toque, o beijo
o mar era testemunho
tu e eu
sem mais
eramos um só, os pés entrelaçados batendo na areia. ficamos para sempre ligados e eu amo-te. es um sonho e eu não páro de sonhar. não perco o teu cheiro nem o teu mar. sempre tua, sempre...

É talvez a maneira mais forte e fofinha que tenho de me sentir ligada a ti, todos os dias e todas noites. Ouço agora, no murmurar da noite, o som baixinho das teclas do piano e o vento bate-me na cara. Tenho a porta aberta, sigo com as pegadas tuas quase de certeza. Porque são pegadas seguras. Cheira-me a ti. Áquele aroma suave e tão único que me faz lembrar o calor dos teus abraços no frio das noites. O cheiro que me envolve em tardes e noites compreendidas pelos Deuses. As tuas bochechas a roçarem-se nos meus lábios. Sonhaste, com a minha cabeça no teu peito, olhando eu as estrelas e depois olhar-te e sentir como és o meu herói. Ás vezes pareces algo de inatingivel por seres tão perfeito, tão honesto e tão fofinho. Ás vezes, questiono-me como é possivel este rapaz, envolvida pelo orvalho da madrugada no intelecto, talvez ainda baralhado com as inconformidades desta vida lunática e real, simultaneamente. Deixo fluir os pensamentos, concentrando-me só em ti e escrevo sempre para ti, porque és o meu centro, o meu apoio e a minha base. Também queria compreender este mundo, mas nem toda a gente me pode ajudar, somente o André. Tenho medo de parecer uma criança iludida com um príncipe encantado como aqueles só dos contos bonitos que começam sempre com "era uma vez" e acabam sempre com "foram felizes para sempre". Quando entrei na fase mais madura da minha vida, apercebi-me que esses contos eram irreais e só faziam parte do elenco da infância. Vi demasiadas coisas, senti determinados sentimentos, senti que as pessoas têm duas faces e são como actores de hollywood, senti que magoam e eu magoo, senti que há diferentes personalidades mas que ninguém é perfeito. NINGUÉM. Agora, volto á minha infância. Acredito em príncipes e nos contos com finais felizes. Posso bater com a cebça na parede de uma forma muito forte mesmo, posso até vir a chorar muito. Mas pelo menos agora vivo um sonho e vou sentindo o sangue a subir enquanto as palavras me saem. Eu amo escrever. E quem seríamos nós afinal, sem amar? O amor não nos faz pensar nas consequências, o amor é um fruto. O amor é tudo o que precisamos para ser felizes. Deixem-me ser ingénua, sonhadora e criança. Deixem-me acreditar que há um príncipe, que faz tudo por mim e que me ama como nunca ninguém amou, que tem o sorriso sem igual, que tem a personalidade mais bombástica de sempre e a simplicidade mais bonita e forte de todos os tempos. Deixem-me. Ficar iludida porque é na ilusão que me salvo de todo o resto. Deixem-me. Caminhar sem rumo porque é no mistério que encontro a perfeição. Deixem-me. Dedicar-me totalmente a ele porque é nele que encontro o que tenho para dedicar. Dedico a alma, o corpo, a escrita, a minha boca. Os meus lábios. Deixem-me. Ficar presa a ele porque é o cadeado mais emocionante que já me puseram. Deixem-me. Cometer loucuras porque ele é loucura. Sangue do meu sangue, veias das minhas veias. Unidos desde sempre. Como um irmão. E nunca tive tanto orgulho em dizer que tenho um namorado porque nunca o tive a sério. Parece um ponto bem definido na minha vida, o André. E eu não posso falar mais, não posso adivinhar o futuro porque nem ele está agora. Vou descobrindo cada vez mais a tua boca, as nossas tardes e noites juntos. Vou sendo o que nunca fui. E digo-te que te amo para sempre, porque é uma convicção e um desejo tão grande que o quero até ao fim dos meus dias. Isto é tão forte, imaginando nossos rostos juntos depois de tudo, como se fosse uma história que apreciasse de fora. Desculpa por tudo, por todos os ciúmes loucos, por todas as vezes que te desprezei e não te deixei mais, por todas as loucuras. Desculpa. Desculpa por te amar tanto e isto se tornar um bocado obcessivo e não me poder controlar em muitas coisas. Gosto tanto de ti. Sente que não me arrependo de ter conquistado todas as vezes o teu coração, ter-te prendido a mim. Não me arrependo de te ter dito não durante meses e agora ter-te comigo por mais meses. Foste um momento e continuas a sê-lo. Momento vivo em todo o meu corpo. Perdoa-me tudo. Perdoa-me a arrogância de sempre e a mania de ter sempre razão, perdoa-me os passos sem certeza, perdoa-me o egoísmo e perdoa-me o ciúme. Mas és tão extenso em mim, vagueias nas minhas veias. Mais que tudo, eu louvo-te. A Deus. E nunca hei-de esquecer o teu cheiro meu amor, aquele que só eu sei tão bem decifrar. Sem igual.

Podias ouvir o bater das asas dos pássaros, podias olhar o céu e pintá-lo, podias ouvir a água escorrendo por vales e montanhas, podias tanto. Podias ir daqui ali a voar. Podias fintar os maus espíritos e tornar o mundo num lugar seguro. Podias ajudar quem quisesses. Podias iluminar todo o mundo. Podias pintar os sonhos, mas só os meus. Podias tornar tudo lindo, real, grande. Tens os poderes do mundo, aqueles que eu pensava que já ninguém os tinha. Jogas e não perdes. Lutas e consegues. Vais e chegas. Não tens medo do escuro, porque fazes de tudo para as luzes não se apagarem. Choras e és um Homem com 'H' grande. Por ti, escreveria até o mundo acabar, porque ficarás na História. Por ti, tanto. As luzes só se apagam quando estamos juntos e quando não estamos acendem-se para recordarmos todos os beijos. Escrevo por ti em todas as ruas, países ou continentes. Porque as Letras e tu são a minha verdadeira vida. Porque as Letras me unem a ti e tu unes-me ás Letras. Sagrado e lindo. Escolher contigo, estar contigo, ficar contigo, não ter medo contigo, ouvir música contigo. Ter o que quero contigo. Chorar contigo, limpares-me a cara e dizeres tudo para parar de chorar. Mais que tudo, és o meu melhor amigo, a minha melhor coisa, o meu maior presente da vida, a minha melhor viagem, a minha maior recompensa. Quando o mundo cair, eu vou amar-te até eu cair. Fazemos do mundo habitat. Fazemos de nós únicos habitantes. Hoje, sinto que te amo mais, muito mais que ontem. Não pára de crescer e tu és o rapaz mais bonito do mundo.

quarta-feira


Eu amo-te André

Sei-vos de cor, sei-vos. E quero-vos para sempre. As melhores gargalhadas são nossas, as melhores bebedeiras são nossas, as nossas parvoíces são as melhores. O melhor grupo de sempre, os melhores amigos de sempre.
BERINGELAS. SEMPRE <3

Conhecemos as melhores pessoas do mundo e nem nos apercebemos. Podem correr mares de angústias nestas almas, mas há sempre um sorriso encontrado numa esquina. Há sempre aquela com quem nunca nos cansamos de conversar. Há sempre a pureza. Há sempre a lealdade e o voltar. Há sempre as páginas cobertas de recordações, minha amiga. Há sempre noites a recordar, aquelas de Verão, aquelas de Inverno. Já percorremos tanto e já discutimos tanto. Já nos odiamos, já nos cagamos uma para a outra. Apesar de o 'agora' não ser definitivo, tens-me feito ainda melhor do que sempre fizeste. Tenho medo de te perder e adoro escrever contigo e sentir a tua alma em alívio. Adoro partilhar conversas e momentos contigo.
Há coisas que voltam, há amizades que são o tudo.

segunda-feira


Tudo o que te sussuro ao ouvido, tudo o que te escrevo, tudo o que te amo. Os olhares, os beijos, as sensações, as lágrimas, a amizade, os pedidos de desculpa, as camisolas, a tua camisola, o meu top, o teu sorriso e mãos dadas á chuva. A cumplicidade, os abraços sem ninguém ver, os abraços que todo o mundo vê, as porradas, os segredos ao fim da tarde como se fosses o meu melhor amigo desde pequena. O meu maior confidente. Com aquele teu olhar compreensivo que só tu sabes fazer. Com as mãos nas minhas e eu a olhar-te nos olhos, como se estivesses de acordo com tudo que digo. Onde todas as noites são lindas. Ás 5h da manhã embaciada pelo sono e o calor de teus beijos, meu amor. Á lua, á chuva, a madrugada nascendo. Os sorrisos enaltecidos. A tua mão na minha como se namorássemos desde sempre. O cheiro a cigarro com o sabor da tua boca. A madrugada e nós. A noitada linda contigo. Teus vícios são meus. Teus desejos são meus. Compreendo-te por um olhar. Sei-te da cabeça aos pés. Sei-te. Melhor do que ninguém. Gosto de quem gostas e não gosto de quem não gostas. Quem te faz mal, faz-me mal. Quem te faz bem, bem me faz. És lindo. Somos o que nunca ninguém imaginou, agarrados a um mundo que não é daqui, libertados por uma corrente de amor. Gosto dos teus olhos, até quando estás coisinho. Gosto do teu sorriso e amo-o como amo o meu baloiço. Peço-te água e tu trazes-me na boca para me dar, como os passarinhos. Dás-me o melhor sorriso do mundo todos os dias, onde somos felizes, onde sou feliz, onde és feliz. Ouvimos o som juntos, libertamos o espírito juntos. Enfrentas tudo e todos com a maior força do mundo e não tens medo de nada nem ninguém. Proteges-me e não me deixas. Gosto de ti, da maneira mais única de sempre. Gosto de ti. E nunca gostei assim de alguém. És sagrado. Hoje apetece-me dormir outra vez contigo, encostada com a cabeça no teu peito e amarrada a ti, Amor.

sábado


Olhei a minha sorte em redor duma casa escondida bem lá no alto. E disse para mim própria: se eu tenho esta sorte comigo, vou deixar os problemas de parte e vou ser mais forte que tudo.
E assim foi, vou lutar com todas as minhas forças para isto não ter um fim.

sexta-feira


Preciso de ti. Preciso do teu jeito em mim. Preciso de estar apaixonada assim. Preciso das memórias que me deixas. Preciso do teu cheiro. Preciso da tua delicadeza e da tua presença. Todos os dias são vividos por ti. Todos os males são afastados de mim por ti. Todas as memórias, todos os fins de tarde por sítios nunca desvendados, pelas conversas e por ti. Por me limpares as lágrimas como nunca ninguém limpou, por não desistires de me ver bem, por me ouvires durante não sei quanto tempo, contando o que nunca contei a ninguém. Tu és o Maior. Tu és meu. E quando me perguntarem por quem eu daria a vida, responderei que era por ti. Porque não assim ninguém. Porque és o único com quem me zango e logo a seguir te amo ainda mais. Porque és o que ninguem é. Porque me sabes de cor, porque não te vais embora quando choro, porque és o melhor pessoa de sempre. É contigo que eu fico, com toda a força. E as zangas que ás vezes nos parecem afastar, os meus choros e mágoas nos unem cada vez mais. E eu nunca te deixarei ir, nunca. Lutarei todos os dias da minha vida por ti, pois só tu mereces o meu esforço.Eu dedico-te, eu presencio-te, eu louvo-te. O mundo não vai acabar.

domingo


Saberei todas as pegadas incertas naquela praia fechada e pedirei libertação. O chorar dos dias, das folhas, o chorar do pesadelo, o chorar da saudade. Por mais momentos que queira e por mais palavras que consiga agarrar, nada vai travar esta solidão da alma. Onde o mundo não compreende, só as rãs, só os violinos, só a saudade da Idade Moderna, só os livros de poesia impercéptivel aos olhos de todos, só as vozes do além, só a Natureza que apenas está aos meus olhos é capaz de entender.
O que corre no chão, de uma maneira cíclica e confusa. Onde os dias de chuva parecem não ter fim. Onde os olhares já não se cruzam e já não há respeito.
Mas eu fui salva, do meu choro, da minha revolta, da minha falta de esperança. Palavras que me consolam e beijos que derrubam a falsidade.
Libertaste-me, anjo. Agora sonho contigo todas as noites, embalada na esperança que me transmites com o teu olhar. Embalada no baloiçar das minhas pestanas, suplicando por ti. Poderia pedir-te para voltares, anjo. Mas quero ter tempo para digerir todas estas semanas, estas maravilhas, estes olhares, estes beijos escondidos, estes abraços.
Só tu existes neste universo.

sábado


E quando as inspirações não existem, é porque não há nada que nos faça inspirar. Quando me dá uma vontade imensa, daquelas vontades indomáveis -como ir ter com o André- de escrever, é porque algo mexeu comigo. E procuro não a inspiração, mas sim um papel e uma caneta. A escrita para mim é melhor amiga. Não é de carne e osso. Mas aguenta com tudo o que sinto, lágrimas por vezes no papel, fica depois o papel molhado, amachocado e mole. Aguenta com todas as mágoas e faz-me crer que tudo tem solução, menos a morte. Através das palavras, consigo ter esperança, amar ainda mais, resolver tudo. Amo a escrita. E amo ler, escrever e partilhar. Eu sei que somos algo de fantástico neste mundo, pois conseguimos resistir ás perdas mais dolorosas e viver conforme podemos.
Já achei que os sorrisos na minha idade fossem só para parecer bonito. Mas cheguei á conclusão que não. Que sem a tal dor, nós não sentiríamos a saudade, a coisa mais bela do amor. E amar é grande virtude, grande conceito e grande sentimento. O amor só existe uma vez na vida. O amor só é compatível uma vez. Enchem a sociedade de 'amo-te's' e iludem-se todos. Querem amar, mas não amam. Porque amar não é um estado ou momentâneo. É perpétuo. E ninguém pode mudar isso. Vivemos muitas aventuras, beijamos diferentes bocas e comentamos com todos o que achamos, se foi bom ou mau. Mas quando amamos, nem o conseguimos explicar, a força das palavras extingue-se para os outros e concentra-se e enaltece-se apenas para o amor. Amor é correr o mundo, é sentir na pele o mito de amar, é divinizar cada traço, cada gesto e cada olhar. É descobrir o encanto que os problemas e a realidade têm. Chamem-me ingénua, sonhadora ou parva. Mas eu amo. Se calhar até falo muitas vezes nisto, mas sabe-me tão bem. E sinto-me tão aliviada, não de uma realidade incerta mas sim de um fogo que arde sem mais. E tenho pena de quem não ama, de quem finge amar, escondendo-se por mensagens de telemovel rídiculas ou falsas ilusões. O amor para mim tem um sentido, dois ou até três. Senti-lo, evidenciá-lo e mantê-lo.
Eu amo, eu amo, eu amo. E todo o mundo sabe como e quem.

Ás vezes, só mesmo o salto alto da minha mãe me faz sentir superior. Acho que isto é normal na adolescência, sentir-me desanimada com metade do mundo. Chorar porque nada ou tudo acontece. Ás vezes até me sinto irritante por ficar triste por coisas sem nexo, ou então chorar porque tudo acontece. E não, não acredito naquela merda do "não chorar por quem não merece". Isso são conselhos estúpidos de quem quer animar outra pessoa. Porque bem vistas coisas, ninguém merece que choremos por esse alguém. Porque se choramos, é porque esse alguém nos magoou e logo, choramos. Por isso, não há ninguém que nos devolva a felicidade total da infância. Mas eu já me deixei de lamentações choronas pelo passado. Não vale a pena e quem me ensinou isso foi o André e a Marta. Há que seguir em frente. E não nos vale de nada, aliás, RIGOROSAMENTE NADA ficar agarrados ao passado, como lapas. Se é passado, é porque passou e não vale a pena ficar a vida inteira a chorar por coisas estúpidas ou pessoas estúpidas. Concentremo-nos no presente e a partir daí tudo muda. Levemos a vida como ela é, suave e curta. Aproveitemos cada minuto tal como ele é: suave, mas intenso. Eu desisti de pensar demasiado no futuro e em estudos demasiado exagerados, porque caí na realidade do tempo. O que tiver de ser é e mais nada. O destino constrói-se, não é traçado.
Estou viva, isso conforta-me e faz-me rir. Estou a rir-me porque amo e porque a vida é tão filosófica que me confunde ás vezes. Mas é sinal que penso, logo sou humana.
Estou numa fase em que tiro conclusões de tudo e não sei se isso é bom ou mau. Porque sonho, proclamo, escrevo feita sonhadora ou maria madalena, sou tão feliz á minha maneira.

sexta-feira

A ferida rasgou outra vez, as veias romperam-se e todo o sangue se converteu em lágrimas pesadas e dolorosas. Lenços e lenços naquela mesa de madeira amachocados com raiva e dor. Olhos embaciados como se a noite fosse o meu último episódio. Vozes escuras e lentas me assaltam a memória como se o mar deixasse de ser mar.
Cada lágrima é um símbolo. Cada queda no real me assusta e magoa.

domingo

sábado


Sinónimo da pobreza, boca calada sem liberdade, preto e branco como um destruidor de corações. Escuro, a porta ao fundo, como um limite inatingível. Ouve-se estrondo. Olho todos os lados, assalta-me memória e acalmo. A porta abre, vê-se o dia e as flores. Volto ao tempo das princesas e ouves majestosos violinos como alegrias dos mares, peixes. Corro e salto por entre vales, calcando os mais bonitos lírios. O meu cão é companheiro. Corre comigo, com a língua de fora, ao sabor da Primavera. Ouvimos a melodia do bater das folhas das árvores mais altas, enquanto as águas das lagoas correm. A Natureza é melodia.
Corremos outra vez e sentamo-nos numa pedra onde tudo é verde, onde felizes somos e ouvimos a Natureza mais perto que nunca.
Tu descansas, com a língua de fora, respirando forte e olhando para mim enquanto eu escrevo para o André, sentindo a saudade.