sábado

mãe


A minha mãe é a real dona da beleza. Anos 80

domingo


Tomaste conta de mim, apoderaste-te do meu ser
Até na eternidade me fizeste crer
Melodias de lágrimas, de sorrisos
Facetas escondidas, lugares escondidos
Amar-te é vontade, já é vício
É arriscar a escrita de um sábio
É gritar quando dói, sorrir quando marca
É percorrer o mundo por ti, eterno monarca
A culpa é tua
A culpa é tua
A culpa é tua
Cancro de amor, cancro de amor
Saudável, como doentio
Amor do mar, amor do rio
E o meu cancro chama-se André.

um capítulo permanente


E não, já não é um "dia após dia" que surge, é um magnífico dia que explode logo de manhã, faça chuva ou faça sol, porque te amo e te recordo todos os segundos, todos os minutos. Como nunca recordei ninguém.

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O verbo ser só é conjugado se for contigo.

sexta-feira

Parva.


O que avisei foi apenas para o teu bem, para a tua saúde e essencialmente para o teu bem estar. Mas para ti, não passo de uma criatura má, fria e arrogante, como tu própria me disseste. Magoaste-me, muito. Chorei em público, o que é raro. Podes ter amigas novas, podes tudo. Mas não podes deixar aqueles que nunca te deixaram. Tornaste-te uma criatura igual ás outras, mesmo. Antes eras humilde, lixavas-te para as aparências. Hoje, metes-me nojo. E ao mesmo tempo carinho. Encontrei muita gente, mas nenhuma como tu. Mas desiludi-me muito contigo, tanto pelas coisas que me disseste, como para a maneira como vives agora. Mete-me nojo. E não gosto disto, não gosto. E não escrevo mais, porque sei que não vale a pena. Nem vale a pena para o meu coração, quanto mais. Só o magoo ainda mais. Vou deixar-me estando e ser o que sempre fui, mas com mais alguma força. O que já passei só me serve de exemplo. E tu, nem um exemplo és. Nem és nada. Sinto necessidade de te desprezar, pelo menos por agora. O meu pai tem razão, tu mudaste, mas eu é que tenho razão. E pronto, vou dormir. A minha paciência esgotou-se para a tua mania de superioridade.
Amo o André.

sábado

I love you.


Um brilhozinho nos olhos.

quinta-feira

Medo.


O medo bateu-me á porta e não me deixou esta noite. A insegurança falou mais alto que qualquer foguete ou o barulho do champanhe a ser aberto. Mas mais uma vez, me dei conta que a culpa é do passado e que a desconfiança e o nervosismo na barriga já fazem parte de mim desde que o meu coração foi mal tratado.

Não consigo mudar, ser mais segura ou então afastar a insegurança. Posso sim, aos poucos ganhar a confiança de alguém, mas eu tenho medo. Muito medo. De me maltratarem outra vez, de se rirem porque fiz figura de parva. Ás vezes só me apetece fugir dentro deste embrulho de angústia em que estou envolvida. Ás vezes só quero sair daqui. Odeio a insegurança. Odeio. Porque um sonho é como um balão, pode rebentar-se por estar murcho, cansado ou pode alguém espetar um palito e furar tudo. Despir a felicidade e encará-la como uma tristeza. Ouvir as lágrimas a fugirem num rosto e ter medo do além. Fazer da vida, um silêncio. Escrever em papéis que mais tarde serão queimados e esquecidos. Pensar que o mundo acaba amanhã.

Medo. Medo. Medo.