sábado

Onde cresci.


"O nosso mundo é perfeito."


Amo-te. És tão mágico.

Sem controlo.


Chega de ódio. De olhares fingidos e sentimentos amarrotados. De más vibrações e danças sem sentido. Chega de falsidade e de mágoa. Chega de males entendidos e sentimentos ao dobro. Chega.
Quero acabar com a confusão que vai na minha cabeça. O cheiro a proibido encanta-me e as saudades do passado, igualmente.
Está tudo tolo. Tudo sem controlo. Vivo de pernas para o ar. Estou entre a espada e a parede.

Sangue de veneno ~

sexta-feira

adolescencia (?)


Não sei mesmo. Isto é da adolescencia? Fundamento tudo aqui, é impressionante. Culpablizo-a de todas as inconstancias e problemas por que passo. É mesmo impressionante.Juro que já nao entendo o que é amar. Juro mesmo. Atrevo-me a dizer que amei no meu 7º ano, tempos de pitalhadas e namoricos escondidos. Mas aquilo sim era amar! Ciúmes loucos, beijos apaixonantes e abraços sentidos. Amor louco, derramado por todos os cantinhos do mundo.Hoje, digo que amo, mas no dia a seguir já não sinto o mesmo. Socorro. Sinto um vazio tão grande quando isto acontece. Penso que assim, sou uma gaja igual a tantas outras que come, come, come e enfim... vive nos comilanços.Já me arrependi de metade do que eu fiz. E outra metade orgulho-me. Agora os sentimentos parecem fugir-me das mãos, como pássaros. Agora, os sentimentos parecem ser de pouca duração e intensidade. Eu ainda estou por descobrir se isto é bom ou mau.Irrita-me tanto ficar na duvida. Enfim. Isto irrita-me, juro. Sinto-me uma gaja sem sentimentos e que já passou a idade de amar. Mas o que me revolta é que já tenho saudades de amar. Fazia-me tão bem, sentia-me tão humana. Agora, chego á escola e rio-me de tudo e com todos. Sou amiga de toda a gente e passo momentos unicos. Mas estou muito mais parva e parece que ando com o cio.

segunda-feira

Coisas do medo.


E tudo porque sou tão esquesita, tão desconfiada de tudo. Ás vezes considero a desconfiança a melhor virtude de sempre, pois é a arma contra os falsos. Mas outras, irrita-me desconfiar. Ás vezes quero-me deixar levar, levar, levar. Mas sei que se confiar demasiado quem sai magoada sou eu. Por isso, automaticamente sou fria e anti-piedade. Oh, mas eu gosto tanto dele. A sério que gosto. Sei que estes ataques são normais, essencialmente em mim. Ataques de dúvida, de incerteza, de falcatrua.
Mas tu deixas-me na corda bamba. Com medo de cair e com vontade de me deixar levar. Por já ter passado por tanto e por teres sido a pessoa que gostei mais até hoje, fico com um cheiro errante do passado. Essas tuas asas que me levam aos poucos e poucos para um paraíso, que eu (ainda) não conheci, levam-me a ter cada vez mais vontade de ti, das tuas coisas paradisíacas, dos teus fados de suspiros intermináveis. Da poesia que fazes com o meu corpo, da suavidade que me transmites, do silêncio da alegria radiada por ti, pelos teus beijos, pelo teu sorriso, autor das minhas grandes fofisses. Já me tentaram levar, sim. Mas tu, levas-me como se o amanhã já não existisse, como se o hoje fosse o ultimo dia das nossas vidas. Como se te agarrasses ao meu corpo e nunca mais te queres desprender. Ouves a música que te dou. Sabes como sou, sabes dominar o meu coração da maneira mais fofinha que eu já vi. És tudo e estar assim por ti faz-me tão bem, eu juro.
Desculpa.
P.S.: Eu amo-te.

Questão dos problemáticos 15 anos.


E chamam-lhes de problemas de adolescência. Zangas e enormes desconcordâncias com o pai e a mãe. Quando falo com um alguém mais velho dizem com toda a certeza e uma naturalidade de impressionar: "É a idade da parvalheira." Não sei. Parece-me que esta coisa da adolescência é um sítio como no infantário. Onde aprendo os grandes passos para a minha vida. Ás vezes sinto-me com uma maturidade enorme, outras vezes sinto-me a rapariga mais infantil do mundo. Choro porque o meu pai me resmunga de uma forma bruta, mas não choro quando me traem. Só consigo encontrar uma explicação. Choro por quem me faz realmente bem, e para quem me trai, para quem me despreza e tenta que os meus dias sejam um Inferno, eu limito-me a usar o desprezo. O meu grande casaco de desprezo. Já passei tanto, já chorei tanto, já desiludi o meu coração com tanto. Mas com o meu pai, choro e muito. Com a minha mãe também. A voz autoritária e fria. Os olhos do outro meu pai, frio e mau. A irritação, o descontrolo, a guerra da palavra. Exalto-me. Levanto-lhe a voz, faço tudo por conseguir o que quero. Digo-lhe que é um insensivel, um injusto, um mau. E afinal de tudo, onde está a menina do papá? Que antigamente chorava apenas pelos de fora, mas que agora só o faz pelos pais? Isto é mesmo esquesito. Eles irritam-me profundamente mas quando sonho que a minha mãe ou o meu pai morrer acordo com o coração tão preso, tão gelado. Uma dor com medo de sentir aquela dor. É tão frustrante, nem quero pensar se isso acontece mesmo! Eles magoam-me, fazem-me chorar, revoltam-mee consomem-me a cabeça. Proibem-me de sair á noite ás vezes e eu odeio que me façam isto! Ás vezes, odeio-os tanto. Mas pronto, eu sei que isto é apenas uma fase onde eles estão a tentar-me proteger de muita coisa e que se calhar até estão a conseguir (ou não). Eu vou tentar sobreviver a isto tudo, até porque "só" faltamcerca de quatro meses e meio. E tenho bastante que fazer até lá. Enfim, ditaram-me as leis assim e enfim, tenho que as cumprir. É o regime dos meus pais. E se hoje, me agrada o que sou, é pela boa educação que eles me deram. E se eles estão a fazer isto, por mais imcompreensivel que seja aos meus olhos, vou acreditar que é mesmo para o meu bem. Não me apetece dizer mais nada.

domingo

Ressurreição .


Tantas lágrimas por estes lugares derramadas. Tantos choros inconsolados. Tantos desesperos por não ter o que queria. Tantas saudades que pareciam ser inesgotáveis. Tanta fúria, tanta revolta. Tanta seriedade no meu mundo. Fizera-me lembrar os meus tempos de criança, onde a palavra medo reinava. Medo de tudo, de viver o amanhã sem ele, de viver o amanhã vazio. Para ele, fora um sentimento amachocado como um simples papel que não prestava. Sem piedade, sem misericórdia, cortaste-me o coração. Tiraste-me a minha vontade de sorrir e viver. O quanto eu te amei, meu Deus. E fico tão orgulhosa de mim por ter conjugado este verbo "amar" no passado. Ainda hoje me dás voltas á cabeça, me embaralhas, me confundes em relação á vida. Mas foste o meu verdadeiro professor desta vida. Ao som do piano, fazia de ti o que nunca faria para alguém. Escrevia, chorava, desesperava. Embalaste-me na ingenuidade dos teus caracóis, no teu meigo e inocente sorriso, nos grandes abraços aos finais de tarde, nos dias de Inverno passados contigo a conversar e a olhar-te nos olhos. Colhia em ti tanta ternura, tanta magia, tanta sapiência. Num estalar de dedos, deixaste-me. Fiquei em depressão. Quis morrer. Quis sair do Mundo. Quis tanto. Todas as noites, eram passadas como num cemitério. A chorar e a perguntar porque te foste embora. Todos os dias eram Inferno. Não existias tu. E quando tinha problemas, sentia-me tão mal por não te ter ali comigo e mesmo assim gritava por ti, como se fosses aparecer. Já eras uma fantasia na minha vida. Agora, tudo mudou. Tudo mesmo. Os teus caracóis desapareceram e o teu ar de rapaz inocente também. Agora comes cigarros, agora és rebelde e dás-te apenas com o pessoal fixe. Agora, já es um menino da cidade. Agora, já cresceste. E eu também. Talvez o teu ar angelical desaparecido fizesse com que eu te esquecesse rapidamente. Mas eu nunca te vou esquecer, pois foste o único que mexeu com arte no meu coração. Levaste-me ao gosto enorme pela escrita e pela focalização de sentimentos na fotografia. Por isso serás agora, um presente amachocado. Eu sou o que sou e devo-to a ti, e a mais ninguém. Pois jamais serei a mesma.
Fiquei descontrolada depois de ti, não parava com nenhum rapaz. Sempre em trocas, já me sentia mal. Agora, estou bem.
5 meses de um sentimento embaciado, que nunca tinha sido posto à realidade. Foi posto. Foi mágico.
E agora sim, eu acredito na ressurreição, não física, mas sim psicológica. Há sempre um alguém que nos vem limpar as lágrimas e acolher como nunca ninguém acolheu. Foi lindo, foi como se nos conhecessemos há anos, foi como se tudo já tivesse acontecido. Foi tão mágico.
E os suspiros foram uma história e os beijos, outra. E comecei a chorar agora. Porque a vida é tão bonita e já a quis estragar. E choro, porque me sinto salva. Porque me sinto nova, mas ao mesmo tempo velha. Porque sou do 10º ano e mete-me impressão.
E foi tudo uma grande história. Todos os abraços de uma alegria fora de normal, todos os beijos que agora encontro em ti são a paz da minha alma. Todos os minutos contigo são contemplações da Daniela de antes, inocente. Obrigada. Obrigada por me teres ensinado a crescer. Obrigada por me teres salvado, André. Obrigada por saberes tudo de mim. Obrigada por não me abandonares nestes 5 meses que foram embaciados pela chuva e pelos intrusos. Como me fazes ver tudo de outra maneira. Como me fazes amar. Como me fazes feliz, sem algum tipo de dor. Como sei que isto não é apenas amor. Como eu sinto que és diferente de todos os outros passados. Como é mágico tudo que me fazes. Como te amo. Hoje declaro-te que és a minha vitória. A espada cheia de sangue desta enorme luta seria entregue a ti, és tu o herói, foste tu quem salvaste a minha alma. Abraça-me e nunca mais saias daqui, da minha beira.