sexta-feira


Olho ao espelho e vejo estes olhos, esta boca, este fado que corre no meu rosto. Um fado triste e sombrio. Um monstro que se apega à cabeça e só quando eu consigo dizer: "pára!" é que ele pára. Não há seres humanos perfeitos nem ambições constantes de perfeição mas eu sofro de um defeito: inquietação de mim própria.
Longe daqui, ainda sonho ser feliz e largar esta demónio que me vem consumindo. Costuma-se dizer que quando não se faz nada nem se pensa em nada ocupa-se a cabeça com macaquinhos e angústias. Sempre quis encarreirar-me, abdicar de muito tempo em família ou amigos para escrever, para a minha paixão da fotografia, para sonhar com a representação e o canto. Dois refúgios, duas luzes que me fazem sentir eu. É mais que querer, mas a escola... não quer fazer pausas. Preciso de tempo para estudar, para ler e não dá. Mas hoje decidi que tenho que ocupar o meu tempo (porque a Carina também me disse) e quero, dedicar-me como nunca áquilo que sempre gostei e quero aprender, ser e crescer.
A doença mental, a angústia e o sofrimento só se acumulam quando deixamos a nossa cabeça vazia, á deriva e não a ocupamos. A minha cabeça chegou a ser doentia, maldosa e receosa, talvez agora essa faceta mude e a minha cabeça se torne um baile de sentimentos como sempre foi...

E é mesmo verdade que o amor é um sentimento complexo, uma armadilha dos que pensam que são fortes, um descuido no caminho para alguns e uma benção para outros. Mas o amor é mais que isso. O meu amor é um livro grande, cheio de páginas, cheio de histórias, quem o lesse ficava adocicado por tanto romance. O meu amor é um livro que mais parece um barco à deriva no mar, um mundo sozinho e diferente de todos os outros. Quem me julga ou julgou, quem se atravessa ou atravessou no meu caminho nunca, enquanto eu for viva, levará o meu perdão, a minha simpatia e paz. Isto para mim é sagrado, foi Deus que mo enviou, que mo trouxe tão firmemente á Terra para me fazer feliz. Ás vezes perguntam como é o amor possível nesta idade. Eu afirmo-o que é, que não há vida sem amor e amor sem vida, que os meus desejos pertencem a uma única e perfeita pessoa, que os meus sonhos fazem dele o meu protagonista eterno. O amor é um círculo, de risos, de choro, de ciúmes, de loucura, de amizade, de paixão, de discussões. Tudo faz falta, tudo é ingrediente até mesmo as discussões, desde que sejam equilibradas e não destruam todo o sentimento e carinho que une as pessoas e se transforme em angústia diária e amor em "obras".
O amor é algo que nos faz mulheres antes de o sermos, o amor é algo que cresce todos os dias e nos faz sentir completas. Eu? Não vivia sem o meu amor.

quarta-feira


"Daniela, sabes até quando vou ficar contigo? Até morrer"

Um dia destes ainda me disseram que nada era para sempre. As pessoas têm a mania de desfazerem o que nos alimenta magicamente diariamente e querem aplausos por isso..
Eu ainda me lembro daquele dia em Novembro em que fui ter contigo e nos beijámos. Tu deixaste em mim algum pozinho mágico que a cada dia que passava se ia alastrando por todo o meu corpo. Admirei-te pela paixão e amor que me davas, os teus olhos cheios de verdade e amor, de ternura e carinho, foste sempre quem me ajudou e amou. Conheço-te de cor e salteado, sei que tens um orgulho descomunal, és teimoso e és (muito) ciumento, és alegre e optimista (equilibrando comigo que sou pessimista), és compreensível e um desejo infinito.
Nada me leva a crer que isto terá um fim, esses olhos enfeitiçados e os teus lábios que são himen dos meus. Por ti, vou até ao fim, do mundo, do universo, da cidade, de tudo! Amar até hoje, foi só a ti e jamais te poderei guardar no baú do passado. És o passado, o presente e o futuro. André Alves! (L)

sexta-feira

adormece aqui, junto ao meu peito e fica para sempre comigo.
amo-te andré