domingo

O amor é inseparável da morte. Sabes que amas porque te esqueceste de que existes; porque morreste para ti mesma, para viveres naqueles que amas. Se eles estiverem bem, então tu estás bem, ainda que estejas mal. Amar é dares-te. É não pensares em ti. É não quereres saber dos teus gostos, do teu bem-estar, do teu descanso, dos teus projectos, do teu futuro, por andares muito ocupada em construir aqueles que te rodeiam. É veres nessa morte para ti mesma o sentido e a plenitude da tua existência. Quanto mais deres de ti, quanto mais te doer o teu amor, mais alegria terás. E mais paz. Porque amas mais.



(Paulo Geraldo)



Foi exactamente isto que eu senti, que eu vivi, que eu fui durante um ano e oito meses. O amor é uma chama mas eu sabia perfeitamente que um dia ia haver uma tempestade que apagasse com força essa chama. Quer dizer, sabia mas não queria saber, quando somos apaixonados nem nos interessa ver a realidade, preferimos a ingenuidade para irmos sobrevivendo um dia de cada vez. Estarei eu rodeada de bichos a comerem-me a cabeça daqui a algum tempo, quando Deus me vier buscar, por isso enquanto isso não acontece não vou deixar que os "bichos" da vida me comam a cabeça, terei tempo suficiente quando estiver morta e sepultada.



A vida é curta demais , Daniela

1 comentário:

Sílvia Macedo disse...

Passa-se algo fofinha?:s