sábado


Ás vezes, só mesmo o salto alto da minha mãe me faz sentir superior. Acho que isto é normal na adolescência, sentir-me desanimada com metade do mundo. Chorar porque nada ou tudo acontece. Ás vezes até me sinto irritante por ficar triste por coisas sem nexo, ou então chorar porque tudo acontece. E não, não acredito naquela merda do "não chorar por quem não merece". Isso são conselhos estúpidos de quem quer animar outra pessoa. Porque bem vistas coisas, ninguém merece que choremos por esse alguém. Porque se choramos, é porque esse alguém nos magoou e logo, choramos. Por isso, não há ninguém que nos devolva a felicidade total da infância. Mas eu já me deixei de lamentações choronas pelo passado. Não vale a pena e quem me ensinou isso foi o André e a Marta. Há que seguir em frente. E não nos vale de nada, aliás, RIGOROSAMENTE NADA ficar agarrados ao passado, como lapas. Se é passado, é porque passou e não vale a pena ficar a vida inteira a chorar por coisas estúpidas ou pessoas estúpidas. Concentremo-nos no presente e a partir daí tudo muda. Levemos a vida como ela é, suave e curta. Aproveitemos cada minuto tal como ele é: suave, mas intenso. Eu desisti de pensar demasiado no futuro e em estudos demasiado exagerados, porque caí na realidade do tempo. O que tiver de ser é e mais nada. O destino constrói-se, não é traçado.
Estou viva, isso conforta-me e faz-me rir. Estou a rir-me porque amo e porque a vida é tão filosófica que me confunde ás vezes. Mas é sinal que penso, logo sou humana.
Estou numa fase em que tiro conclusões de tudo e não sei se isso é bom ou mau. Porque sonho, proclamo, escrevo feita sonhadora ou maria madalena, sou tão feliz á minha maneira.

1 comentário:

Daniela Viana disse...

Oh escreves tão bem meu amor ++