O medo bateu-me á porta e não me deixou esta noite. A insegurança falou mais alto que qualquer foguete ou o barulho do champanhe a ser aberto. Mas mais uma vez, me dei conta que a culpa é do passado e que a desconfiança e o nervosismo na barriga já fazem parte de mim desde que o meu coração foi mal tratado.
Não consigo mudar, ser mais segura ou então afastar a insegurança. Posso sim, aos poucos ganhar a confiança de alguém, mas eu tenho medo. Muito medo. De me maltratarem outra vez, de se rirem porque fiz figura de parva. Ás vezes só me apetece fugir dentro deste embrulho de angústia em que estou envolvida. Ás vezes só quero sair daqui. Odeio a insegurança. Odeio. Porque um sonho é como um balão, pode rebentar-se por estar murcho, cansado ou pode alguém espetar um palito e furar tudo. Despir a felicidade e encará-la como uma tristeza. Ouvir as lágrimas a fugirem num rosto e ter medo do além. Fazer da vida, um silêncio. Escrever em papéis que mais tarde serão queimados e esquecidos. Pensar que o mundo acaba amanhã.
Medo. Medo. Medo.
1 comentário:
Quantas vezes te tenho que dizer que és igualzinha a mim :')
Tem calma, aprendes as coisas com o tempo .
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