sexta-feira

Parva.


O que avisei foi apenas para o teu bem, para a tua saúde e essencialmente para o teu bem estar. Mas para ti, não passo de uma criatura má, fria e arrogante, como tu própria me disseste. Magoaste-me, muito. Chorei em público, o que é raro. Podes ter amigas novas, podes tudo. Mas não podes deixar aqueles que nunca te deixaram. Tornaste-te uma criatura igual ás outras, mesmo. Antes eras humilde, lixavas-te para as aparências. Hoje, metes-me nojo. E ao mesmo tempo carinho. Encontrei muita gente, mas nenhuma como tu. Mas desiludi-me muito contigo, tanto pelas coisas que me disseste, como para a maneira como vives agora. Mete-me nojo. E não gosto disto, não gosto. E não escrevo mais, porque sei que não vale a pena. Nem vale a pena para o meu coração, quanto mais. Só o magoo ainda mais. Vou deixar-me estando e ser o que sempre fui, mas com mais alguma força. O que já passei só me serve de exemplo. E tu, nem um exemplo és. Nem és nada. Sinto necessidade de te desprezar, pelo menos por agora. O meu pai tem razão, tu mudaste, mas eu é que tenho razão. E pronto, vou dormir. A minha paciência esgotou-se para a tua mania de superioridade.
Amo o André.

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