quarta-feira

2008.


Adorei este ano. Foi o ano em que aprendi mais e melhor sobre a vida. Sinto-me crescida. Vejo o céu, as pessoas, o mundo de outra maneira. Este ano, distingui amigo de colega. Este ano, amei e sofri por amor. Este ano, tive um melhor amigo. Tive uma melhor amiga. Eram as pessoas mais especiais á face da terra até ao momento em que me fizeram desistir da felicidade. Tornaram-se as pessoas inversas ao que eram, transformaram-se em fantasmas para a minha alma. Destruiram a minha inocência por completo, fizeram o meu lado infantil por longos meses. Mas foi com isto que cresci, que aprendi a desabafar para os papéis, que eram os únicos que me compreendiam. Foi com isto que ganhei gosto pela arte da fotografia. De transmitir revolta, sede de felicidade para uma imagem. Foi com isto que hoje, não confio em ninguém totalmente, só na Simplícia. Este ano, vivi muito. Passei tardes e tardes com as minhas amigas mais fofinhas do mundo, as beringelas! Apanhei a minha primeira bebedeira e fumei o meu primeiro cigarro. Fumei também o meu primeiro e último charro. Comecei a dar mais valor ás aparências. Conheci muita gente. A minha faceta de gozona aguçou-se ainda mais. Descobri muita gente falsa e outra tanta que vale a pena. Fui á Turquia 10 dias e é um país fantástico, cheio de magia, excepto a personalidade dos homens. Fui á França e visitei a Disneyland. Adorei. Conheci o André, uma das melhores pessoas que já conheci até hoje. Neste ano, estive confusa entre dois rapazes ao mesmo tempo. Escrevi muito, chorei muito. Discuti muito com os meus pais por não me deixarem ir a uma discoteca antes dos 16. Aprendi a distinguir quem fuma porque precisa e quem fuma porque é fixe. Fiquei chocada com muita coisa que me contaram. E, também foi neste ano, que defini o meu modo de viver. Não é preciso tabaco, droga ou bebedeira para ser superior. Não mesmo. Aprecio e adoro a noite, mas tenho respeito. O meu pai ensinou-me. Passei um Verão mesmo fixe, com companhias excelentes e a socializar todo o dia. Comecei a ter uma amizade única com o José Rui e apesar de já não ligar muito a melhores ou a piores, considero-o o melhor amigo de todos. Dancei muito na Vaca das Cordas e Feiras Novas. Bebi também. Adorei a beach party, com as melhores amigas do mundo. Adorei as noites passadas com as minhas Beringelas, principalmente aquela na casa da Tina em que estavamos tolas. Viajei muito e sorri muito. A minha família e os meus amigos estão de saúde, é o mais importante. Neste momento, a minha Inês está no hospital e tenho pensado muito nela. É um doce de menina. E vai ficar bem. Eu adoro-a. Agora, resta-me dizer que este meu ano foi lindo e com muitos choros, mas ainda mais sorrisos e gargalhadas. Desejo a todos e a mim também, um óptimo 2009.

sábado

Não é em vão.


Caminhas sem rumo, sem estrada, sem calçada, sem sinais, sem regras. Enfureces-te e voltas ao mar, fonte das tuas alegrias e emoções. Abrigo teu, sonhador da pátria.
Ando pela praia, descalça, á espera de um sinal, de um toque, de um beijo, de um abraço.

Ficam pegadas.

Marcam o território, incendeiam-me a alma e vestem a tua. Ao som do piano, vou avançando mais, mais e mais. Ritmo certo como que uma canção embalada pelo vento. Assombram-me todas memórias, abraços e juras sentidas. Resta ao mundo explicar-me o porquê deste amor que não morre. Resta-me fingir que percebo e que sou feliz sem ti. Resta-me isso.

quinta-feira

Subir nas escadas da vida.


Espero que sejas feliz e que a inocência perante o mundo nunca páre de existir em ti se é que ainda existe, pois era isto que te tornava tão puro e admirável. Há um ano atrás abracei-te á chuva e disse-te coisas bonitas ao ouvido, passou um ano e limitei-me a olhar-te e a dizer para mim baixinho: “Parabéns rapaz.”
Obrigada por me fazeres crescer. E por me ensinares a ires buscar forças onde elas não existem.

Feliz Aniversário.

um.


Perdi-me no mar da angústia e lá permaneci até que me viessem buscar e fizessem com que nunca mais lá entrasse e corresse riscos de me afogar. Fiquei lá este tempo todo, á volta do imperfeito das águas, da tristeza vivida pelas ondas, do anoitecer e arrefecer dos oceanos, do fim do mundo por aquele dia. E sinto a magia da chuva, água caindo em mim, como manifestação da dor e do passado passar e incendiar em mim. A água corre-me no sangue e apaga o fogo do passado que se lembra inúmeras vezes de me deixar incendiada, mas a chuva faz com que a suavidade seja autêntica em mim. E não me perguntem como viver assim. É de mim. Vivo e choro com os males que acontecem. Tenho pânico de ser invulgar. Trauteio canções da autoria do meu coração. Penso, tantas e tantas vezes, na duração do meu coração, mas acho-me ridícula por pensar como irei acabar, não há tempo para pensar. Na vida, só temos tempo para agir e depois pensar. Caio no erro, volto a errar. Amo e tenho o desejo de amar. Sei que melhor amigo só há um na vida. E esse, tem a função de nos fazer crescer e guiar. Eu já o tive, já o abracei e já fui a rapariga mais feliz do mundo com ele. Mas hoje, está tudo guardado no baú das memórias num canto bem especial de mim. Foi quem me renasceu e me ensinou que a vida é um tesouro e que nada nem ninguém tem o direito de me fazer querer acabar com a vida. Foi o maior professor da minha pequena vida. Pois, melhor amigo só houve um e jamais alguém me vai ensinar os valores que ele me ensinou. Um dia, mais tarde agradecer-lhe-ei. Por enquanto vou usufruir do que sou, do que penso, do que vivo. Encontrei a melhor coisa do mundo. O amor. O André. Consigo amá-lo mais do que amei a ele e isso para mim é uma coisa única, pois nunca me aconteceu. A prioridade mudara. Vivo agora, um grande capitulo do livro da minha vida, mas com moderação, consciência e desconfiança.

quarta-feira

andré


Agarra-me e faz com que este mundo seja apenas nosso.
Prazer sentido.