Perdi-me no mar da angústia e lá permaneci até que me viessem buscar e fizessem com que nunca mais lá entrasse e corresse riscos de me afogar. Fiquei lá este tempo todo, á volta do imperfeito das águas, da tristeza vivida pelas ondas, do anoitecer e arrefecer dos oceanos, do fim do mundo por aquele dia. E sinto a magia da chuva, água caindo em mim, como manifestação da dor e do passado passar e incendiar em mim. A água corre-me no sangue e apaga o fogo do passado que se lembra inúmeras vezes de me deixar incendiada, mas a chuva faz com que a suavidade seja autêntica em mim. E não me perguntem como viver assim. É de mim. Vivo e choro com os males que acontecem. Tenho pânico de ser invulgar. Trauteio canções da autoria do meu coração. Penso, tantas e tantas vezes, na duração do meu coração, mas acho-me ridícula por pensar como irei acabar, não há tempo para pensar. Na vida, só temos tempo para agir e depois pensar. Caio no erro, volto a errar. Amo e tenho o desejo de amar. Sei que melhor amigo só há um na vida. E esse, tem a função de nos fazer crescer e guiar. Eu já o tive, já o abracei e já fui a rapariga mais feliz do mundo com ele. Mas hoje, está tudo guardado no baú das memórias num canto bem especial de mim. Foi quem me renasceu e me ensinou que a vida é um tesouro e que nada nem ninguém tem o direito de me fazer querer acabar com a vida. Foi o maior professor da minha pequena vida. Pois, melhor amigo só houve um e jamais alguém me vai ensinar os valores que ele me ensinou. Um dia, mais tarde agradecer-lhe-ei. Por enquanto vou usufruir do que sou, do que penso, do que vivo. Encontrei a melhor coisa do mundo. O amor. O André. Consigo amá-lo mais do que amei a ele e isso para mim é uma coisa única, pois nunca me aconteceu. A prioridade mudara. Vivo agora, um grande capitulo do livro da minha vida, mas com moderação, consciência e desconfiança.
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