sexta-feira


Esperança ou descrença?


-metade metade.

quinta-feira


Prefiro viver na inocência da dor, do que viver na triste solidão. Prefiro chorar umas horas do que chorar toda a vida. Prefiro amar em inocência do que sofrer com maturidade. Prefiro rir-me todos os dias de verdadeira alegria do que me rir e mais tarde chorar. Prefiro amar do que odiar. Prefiro ter um amor da vida do que ser rodada. Prefiro ser apaixonada por ti do que ganhar o euromilhões. Prefiro o André do que qualquer outra pessoa. Prefiro a minha inocência e o nosso amor do que acabar na puta da amargura. Prefiro-te.
A vida sem ti, uma merda. Como nenhum amor é perfeito, eu vou amar-te desta forma, boa ou má e continuar a sentir isto, por mais problemas que hajam. Por toda a química que temos, por toda a união, por todo o sentimento, tourinho... eu amo-te, pá.

sábado


Eu senti-te amor, senti-te perto de mim outra vez, com aquele teu jeito incomparável e único de (meu) herói. Senti-te, devagar e lindamente, por entre todos os universos da minha alma e em todas as flechas lançadas em mim. Contigo, percorri um cemitério, cada passo era uma nota musical, cada passo era um sino tocando, cada passo suava a dor, cada passo me transmitia medo e ao mesmo tempo conforto, por estar de mão dada contigo, meu sentimento de céu. Os passos não se extinguiam naquela estrada sem fim, naquele medo abrupto e sentimental, demais. As tuas mãos eram as minhas, a chuva a cair e nós ali, a andarmos sem qualquer tipo de abrigo, de mãos dadas como se fossemos um barco á deriva mas afinal com um rumo, meu amor. Sem mais esperar decidi abraçar-te no meio daquelas campas todas e agradecer a Jesus, baixinho, por estares vivo e seres a pessoa mais linda que eu conheci, de seres o mestre da minha alma em todas as sintonias nossas, decidi proclamar este amor, a todos, decidi por o mar e o céu á tua frente, decidi tornar-te o ar da minha vida, decidi naquele abraço fechar os olhos e sentir o teu cheiro, como nunca e amar-te, perante este mundo toda, entre vivos e mortos. Depois do abraço, soltou-se um beijo, daqueles que ninguém sabe como se dá, só nós e a seguir o teu pedido de desculpa, por tanta discussão... Mas nada me fará desistir de ti, remarei sempre contra todas as forças que me tentarão tirar-te de mim, direi a toda a gente que és tu, o meu sustento e a minha força. Tu, André, és o amor da minha vida. Nunca senti nem escrevi isto por e para ninguém e isto é demasiado forte, único para voltar a ser repetido por outra pessoa, coisa que não quero nem consigo, porque apenas tu, tu, tu, és capaz de me fazer viver assim. Um sonho sem fim...

sexta-feira


Ás vezes nem reparo na dor e no sofrimento dos outros, vivo muito depressa, tenho sempre muita pressa de viver, sempre fui assim... Sempre vivi todos os dias como se fossem os últimos, talvez com o medo de perder a vida. A morte é tão violenta e abrupta que me assusta, decido todos os dias não pensar demasiado nisso e levar o meu fogo a todos os sítios, falar muito e rir muito. Levo tudo ao máximo, a melhor opção para mim. Escrever torna-se a digestão disto tudo, do meu dia a dia, da minha grande paixão pela cor da vida, da minha grande e grande paixão, o André. E quero salvaguardar todas as memórias bem presentes ou não, neste baú. Choremos todos porque chove e demos valor aos que já foram e ainda mais aos que estão. Choremos, com a chuva na cara, como eu faço, sentiremos a pureza da realidade, a vida e a morte, tudo confuso e negro, sem definição possível, compreenderemos Deus e suas salvações, acredito. Choremos, com a chuva e a trovoada e sentiremos a raiva em nós e a calma em simultâneo. Choremos porque chorar é razão e vivência. Chorar, não de tristeza, mas de alegria por estar aqui, em tempos longínquos ou não do fim desta Humanidade, sem perceber muito bem qual é o meu papel e a minha missão, ligando-me a uma única alma, meu André, sentindo uma única flecha, meu abrigo, minha Literatura, unindo-me ao mar e ao céu, neste compêndio de mistérios. Não morri, não vou morrer porque quem acredita é eternamente vivo. Fantástica Natureza, linda luz que me acalma a dor e me salva desta dor de ver os outros mal. Meu céu, meu mar.