Sinto-me de novo, bailarina, alguém sussura os meus passos e os meus actos, agora parece andar tudo tranquilo, a minha fúria de há anos parece ter-se ido embora, eu pareço ter sobrevivido e agora falo em parecer porque a minha vida já me ensinou que nunca podemos ter certezas de nada, afinal isto é um jogo de faz de conta e hoje é e amanhã já não, acaba com corações e mentes sãs. Hoje sou menina descalça, sem medo nem vergonha, hoje me abro a todo o mundo e vejo o quão é lindo o meu quotidiano, rodeado de pessoas fantásticas, gentes sempre pronta a ajudar, a conviver da melhor maneira. Adoro a minha mãe. Nos últimos meses, um pouco da nossa cumplicidade parece ter voltado, ela está sempre comigo e vêm-me lágrimas aos olhos quando penso na suavidade daquelas mãos, dos abraços que lhe dou e ela se sente feliz, a minha mimi, o carinho que por ela tenho, tão puro. Mãe.
Por entres ruas vivo no paraíso não nas bocas da amargura, a leveza só se sente quando se é natural. Tenho estado bem, graças a Jesus, rezo muito e acredito nele mais que tudo. Sob a luz farta e fraca do pequeno candeeiro que está agora ao meu lado, solto os meus porquês e rio-me ou choro, é consoante o pensamento. Quero-me deixar levar, como se percorresse um jardim sem fim e quero agradecer a todos que lêem, a todos que me felicitam e aos que me dão força para continuar com este gosto pela escrita que tenho. Ainda sou nova, o espelho por vezes diz-me o que não quero, ainda sofro, embora coisa pouca mas sofro. Hoje apeteceu-me escrever um pouco sobre mim. Estou livre irmãos
3 comentários:
es tao forte
escreves tanto , es magnifica !
adoreeei! e a musica e' magnifica =) *
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