sexta-feira

Agora percebo o que é ter um sentimento, viver aprisionado com ele. Um sentimento é nem sei o quê porque também o gostava de saber. Leva-me a agir de forma extrema, inacreditável aos meus olhos. E será que um grande erro é agir? Quieta não conseguiria ficar, aos beijos não conseguiria resistir, ao passo incerto não conseguiria não arriscar... Já é de mim, intensificar cada coisa que vivo e que sinto. Apetece-me e não me arrependo, de certo modo. Não me arrependo de gostar de quem gosto, não me arrependo de chorar por quem gosto. Talvez não tenhámos nada a ver, nem em sonhos. Talvez sejamos distintos em todas as formas, ou talvez não. Talvez e a vida é rasgada pelos 'talvez' e não devia haver. Se fossem tudo certezas, eramos pessoas seguras e convictas... Não estou na dúvida, apenas estou a preparar-me para hibernar para um sonho, bem longe daqui, com o rapaz de sempre, com a magia de sempre. A tempestade parece ter passado, nunca nos tinhamos zangado tantas vezes e de maneiras tão frias. Acredito que o que vem de mal vem por bem, como diria o meu pai, com aqueles olhos dele, com aquela pronúncia um pouco incerta, diria ele. E eu acredito, porque acreditar é sobreviver e se não acreditasse estaria morta há muito. Gosto dele da mesma maneira, até mais, muito mais. E ele também gosta de mim, muito. Somos os melhores amigos, somos companheiros de problemas, de lágrimas, de gargalhadas. Entre este amor, louvo a tua amizade sem igual, incomparável que me conforta sempre. De mim, sabes o que ninguém sabe e tens de mim o que ninguém tem. Quero viver mais dias, mais semanas, mais meses contigo... Quero voltar a acreditar no conto de fadas que isto sempre foi e continua a ser... e se depender de mim, sempre será.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para chegar a grandes certezas todos passamos por incertezas. ;)