domingo


Eu sou apaixonada e gosto de o ser. O amor para mim tornou-se uma base, um apoio, um refúgio para onde fujo todos os dias na esperança de encontrar algo melhor, algo que me faça crer na felicidade. Eu amo amar, amo amar quem amo, amo todos os sentimentos, ou melhor, todos os subsentimentos do amor. Como a loucura, prazer, vício, fogo, carinho, liberdade de expressão e de escrever, tanta coisa. Também sofro, também me correm lágrimas por vezes, também sou ciumenta louca e precipitada. Mas é isto que nos continua a dar esta relação formidável, cheia de discussões, porrada e olhares maldosos que explodem em beijos apaixonados e prazer infinito. O amor é o que me faz viver. E acho que toda a gente precisa dele, de certa forma. É algo que nos faz mais humanos e loucos até. Passamos a dar mais valor ao interior e não ao exterior, descobrimos sentimentos nunca antes vividos e sentimos a felicidade, mesmo que seja apenas uma palavra formidavelmente bonita e acessível a todos, porque todos a temos, não por completo. Acho que a única vez que fui feliz totalmente foi na infância. Agora que (acho que) estou a crescer, tenho sempre medo por alguma coisa, nunca nada está perfeito. Mas pelo que ouço e vejo é assim com todos. Todos nós sofremos de uma revolta qualquer e que nenhum afirma: "Sou totalmente feliz." A partir dos 12 começam as nossas hormonas a saltitar e á procura de novos amores, aliás, paixões. E acho que são necessárias para depois quando encontrarmos a tal pessoa, a tal alma-gémea compará-la a todas as paixões do passado de modo a torná-la fantasticamente única e preciosa. Fazer dessa tal pessoa um ídolo, um herói e um fiel amigo. Amores, amores na minha vida só tive dois. Amei-os e o primeiro correu-me muito mal, chorei muito, baba e ranho. Tenho medo de estar a chamar a isto amor, se acho que não passou de uma paixão larga que me consumiu a cabeça noites e noites, que me fez escrever textos enormes e adormecer a chorar. Talvez sentisse algo mais que uma simples amizade como era suposto, mas não percebi bem, ainda não percebo e sinceramente também não quero perceber. Acho que só comecei a amar há sensivelmente dez meses, da forma mais louca que já vi. As memórias são minhas e dele e não quero partilhá-las com ninguém. Acho que é demasiado sagrado para o meu coração. Agora sinto-me viva e humana, porque amo.

1 comentário:

Marta Gomes disse...

simplesmente maravilhoso, obrigada por visitares o meu blog :D