quarta-feira


Movi o corpo ao som daquela água que me inundava todos os passos. Chamei anjo ao príncipe e desatei a correr. Vi tanto amor e espaços verdes e cor de rosas. Movia um beijo ao som da tua arte e escutava cada palavra que me dizias com a maior atenção como se fosse história de fadas. Expandiu-se para além do amor e a única forma que eu te consigo demonstrar isto é pelas palavras oriundas dos mais belos recantos de minha alma. Alargou-se por outros rios e lagos e agora minha alma afogou-se.
Encostei minha face á doce água que envolvia toda esta batalha de sentimentos reais e históricos e senti um ligeiro arrepio em todo o corpo, como se subisse dos pés á cabeça e espairecesse ali num ou dois minutos. Tratava-se agora de um vermelho fogoso e a saudade do "não ter". Transformou-se a água em sentimento e inundou a alma tragica e velozmente. E senti que podia voar em todo o amor em que fui envolvida e conseguir fazer com que nada fosse trágico. Chorei porque te amo e porque mereces lágrimas minhas, guardião de sonhos e memórias. Hoje, marco a vida sincopadamente ao ritmo de letras tuas e beijos teus. Um toque, uma lágrima, uma ferida cicatrizada, um sabor, um cheiro, um livro, uma história, um mar de histórias e beijos, uma capacidade de amar. Tudo já se tornou inexplícito a partir do momento em que existes, tudo se torna viagem ao mar. Ler-te-ei tudo o que te escrevi num dia de chuva onde beijos são abrigo e abraços são cobertores. Para aqui já não existe "amo-te!". Tu e eu já nem sabemos o que isso é. Agora, os lábios são dependencia atribulada e vício mais que vício. Cada movimento é por ti, cada grito é por ti, cada lágrima é por ti, cada som de piano é por ti, beleza de vida e raridade imensa. Diz-me de onde vieste anjo, diz-me a tua origem, diz-me de que sítio vens e diz-me o que é isto. Sintonia compreendida nos mesmos segundos e amor de fogo. Fruto proíbido, caos instalado e fúria de sentimento. Rasgar-te as costas e rasgar-te o corpo está agora na minha posse. Ciúme louco que me ataca a alma e suga a mente. Tornaste-te meu. Luxo. Sorte. Preciosidade. Chamo-lhe assim. És coisa que me sustenta todas as manhãs, tardes e noites, mais que o ar. Esganar quem se fizer a ti já é lei na minha mente. Loucura. Obcessão doentia e linda. Ensinas-me a viver de todas as maneiras que existem no mundo. Hoje dás beijinho na boca, ontem no nariz e anteontem abraço. Preciso de escrever, de libertar o sentimento antigo que existia: o amor por ti. Agora estou explorando a veneração que tenho por ti. Ídolo, herói e dono do mar. Escadas. Sobe. Beija. Desce. Abraça. Preciso de teu sustento, de tua ganancia de amor. O amor existe porque eu o afirmo. O André existe e a partir daqui, tudo se tornou possível. Única pessoa por quem faço TUDO. Única pessoa que me conhece inteiramente. Magia. Sinto-me agradecida por tudo e por ti, meu amor. És o único bem no Mundo, agora tudo toca, faz, e mexe. Luz que arde e não apaga. Já não dá, já não dá, já não dá para apagar. Todos os sentimentos expostos á tua mente são agora conhecidos por ti. Tu vieste salvar o mundo e agora, sei que a única maneira de te transmitir isto é a letra. Agora és viagem que sigo, agora e tão agora. Amor daqui, amor de Plutão. Dás-me o que quero, preciso. O toque, corpo que não é daqui, rosto da magia e amor que parece platónico. Sento-me aqui, á espera que mais uma viagem se enalteça na minha alma. Espero, á beira da fogueira inspirando o calor que me transmites. Numa noite onde o frio reina e tu estás aqui, comigo meu amor, levando-me aos mais altos momentos de calor. O mundo está frio, feio e sem piada. Tu não tens nada a ver com o mundo, és lindo e não vives aqui. Tu não és daqui. Anjo. Sagrado. Guardião. Herói. Eterno monarca, amar-te-ei com todas as minhas lágrimas e sorrisos. Eu consigo voar e tu és um anjo.

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